sábado, 7 de junho de 2008

MEUS ANJOS

De uma coisa tenho certeza. A da existência dos anjos. Não daqueles com asas enorme e feições ingenuamente angelicais, mas de outros bem mais atléticos e que metem o bedelho na vida da gente quando estamos fazendo besteiras demais.

Diferentes dos amigos que em certos momentos, com toda a razão, enfastiam-se de atender nossos problemas, eles estão sempre presentes ouvindo e dando conselhos que possam nos orientar.

O escritor Paulo Coelho afirma que nossos anjos mandam recados pela boca de terceiros. Quantas vezes isso não aconteceu comigo? Atoleimado na procura de soluções e vem uma criança, um pedinte maluquete da esquina mais próxima ou, até mesmo um colega de trabalho e com uma frase aleatória, coloca em minhas mãos a solução daquele problemaço que enfrentava até aquele momento? Quantas vezes saem de nossas bocas frases, conselhos, comentários que nós próprios, depois, duvidamos da própria capacidade em formulá-los?

Sei lá, mas acho que os meus anjos volta-e-meia tomam uma cerveja comigo, escarrapacham-se com as pernas cruzadas na poltrona ao lado e se fazem de desligados para as tolices de uma piada mal compreendida ou do comentário sobre alguém e do qual vamos nos arrepender mais na frente. É claro que deixam a gente errar... Fazem parte do jogo os tropeços e quedas, bases da reconstrução do muro desabado, por nossa culpa ou pelas próprias contingências da vida.

Mas tenho a certeza, no momento exato lá estão os braços fortes que nos sustêm e, juro, certo semblante divertido com a asneira que iríamos cometer e eles evitaram.

Note. Refiro-me a eles no plural. Não é um só anjo que nos guarda. No meu caso específico, afirmo que um, apenas, jamais conseguiria dar conta de todos os meus erros e anarquias. Tem que ser uma equipe onde todos se entendem pelo olhar e cujo espírito reinante seja o mais divertido possível. Até na hora da nossa morte, já que sabem mais que qualquer ser humano, do mundo melhor aguardando por nós do outro lado da fronteira.

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