Nada acontece por acaso, dizem os estudiosos dos mistérios desse Universo que nos cerca. Do nascimento de uma flor às marcas deixadas por um animal na estrada de terra, tudo está ali porque tinha de estar. Há, entretanto, os que duvidam dessa filosofia fatalista, até por uma outra regra, a do livre-arbítrio, através da qual podemos alterar nossos caminhos de um momento para o outro, desarranja tudo o que estava previsto, ocasionando mudanças no que deveria ser imutável.
Segundo teoria hinduísta, existem “ene” caminhos traçados e paralelos. No momento em que exercemos os direitos de mudança, apenas passamos de um para outro, continuando a obedecer ao que “estava escrito”.
Se pararmos para observar, a ordem que coordena todo o movimento dos astros faz-nos acreditar na presença de uma força maior que dirige e determina o desenrolar da vida. E quando falamos em vida, não nos atemos a nós, míseros grãos humanos, mas no gigantismo de algo muito além das estrelas, visíveis ou não. Essa ordem, essa disciplina de movimentos, luzes, gases, vácuos, gravidades, são tão exatos que, cremos, depois de identificados, trarão aos pesquisadores a surpresa de uma unidade monótona e sonolenta. Afinal, se a vida é uma eterna repetição de fatos e acontecimentos, por que o universo seria diferente?
Mas até nessa possível monótona e constante repetição, sente-se a força do administrador do sistema que, fazendo com que todas as suas “indústrias” funcionem no mesmo compasso, facilita seu controle e intervenção, caso constatados quaisquer desvios de conduta que possam prejudicar o bom andamento e o sucesso da empreitada.
Nós, partículas ínfimas desse portento natural, somos influenciados física e mentalmente pelos sutis movimentos da máquina maior, chamada UNIVERSO. Isso é evidente até porque participamos intimamente da engrenagem que o movimenta.
Daí concluirmos que se obedecidas as leis determinadas para o funcionamento da Terra e do Universo, não haveria motivos de se temer o surgimento de sanções originadas por má conduta. Tentando explicar melhor, se eu, pequeno parafuso, concordo em ocupar o espaço determinado e cumpro as funções para mim estabelecidas, recebo do “Operador” toda a lubrificação e reapertos exigidos para que a saúde da peça dure pelo tempo de vida estabelecido, sem ferrugens, trincas ou quebras extemporâneas. Concluído esse prazo, serei substituído e encaminhado para uma reciclagem que me permitirá, tempos depois, ser enviado para suprir novas funções em outra parte da máquina.
Que alguém ou alguma força natural criou e pôs em funcionamento a eterna engrenagem, não tenho dúvidas. Que se nós conseguirmos nos ater a cumprir nossas missões cônscios de que a tarefa determinada pela Força Maior não inclui excessos ou agressões à matéria da qual somos compostos, é uma certeza. Assim, seguindo sensitivamente o caminho que a natureza nos mostra, teremos todas as chances de ver uma estrada florida pela saúde,
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