terça-feira, 3 de junho de 2008

AFINAL, DE ONDE VIEMOS?

Chegou às minhas mãos um trabalho do biólogo Orlando de Souza Barbosa Júnior, editado pelo Centro de Pesquisas Exobiológicas do Rio de Janeiro sob o título "A origem da vida à luz da panspermia cósmica dirigida", publicada em setembro de 2005.
O título é complicado para os menos acostumados ao assunto, entre os quais me incluo, mas lido com atenção levanta uma posição de defesa contra os que apóiam a tese da Abiogênese, ou geração espontânea e a evolução das espécies pela seleção natural.
Trocando em miúdos, levanta seríssimas e respeitáveis dúvidas sobre o que ele mesmo chama de "alicerces da Ciência", que defendem a hipótese do surgimento da vida sobre o planeta Terra como consequência da mistura do vapor d´água com gases e minerais.
A coisa funcionaria mais ou menos assim: essa mistura toda acabava dissolvida pelas chuvas e escoada para um mar primitivo, onde sob a influência de eletricidade e radiação solar, originaria moléculas simples que reagiriam formando agentes indispensáveis à vida. Mas isso não é tão fácil como possa parecer... Nosso autor informa que os elementos químicos são agentes que "não vivem" e que para tal acontecer deveriam ser admitidos alguns milagres.
O trabalho segue em vinte folhas recheadas de explicações, testes e posicionamentos de cientistas e pesquisadores famosos, alguns, inclusive, colocando toda uma brilhante vida profissional em jogo, na defesa de tais argumentos.
Chega-se, afinal, ao ponto máximo do questionamento, quando se pergunta: Se a tese da Abiogênese não encontra efetivas comprovações, de onde, então, teria surgido a vida na Terra? O caminho mais óbvio seria de que isso foi "providenciado" por inteligências superiores que jogando determinados "elementos" sobre o planeta tivessem provocado reações improváveis nas misturas químicas em andamento ou, então, participado de forma programada, da construção evolutiva das espécies, justificando, assim, o progresso tão rápido do homem, tanto física como mentalmente falando.
E mais uma vez a mitologia se faz presente, quando os gregos afirmam que a sua Deusa Afrodite "veio ao mundo em um carro voador em forma de concha que saiu do mar"... E lá estão os registros das carruagens de fogo cruzando os céus; dos desenhos rupestres mostrando seres sob roupas que mais parecem trajes espaciais; os livros apócrifos de Enock contando de suas viagens pelos diveros mundos, arrebatado que foi por homens vindos do céu ou anjos, como preferirem, a conhecer possivelmente tecnologia de produção de naves espaciais que, já naquela época, estariam tomando conta da Terra, planetinha chegado a uma confusão desde os seus primórdios.
Anteriormente, me declarei um tanto quanto cético a concordar com visões sobre a presença em nossas esquinas de homenzinhos marrons, verdes, etc., mas concordo com os que defendem uma aproximação maior da ciência com, principalmente, os mitos religiosos, como a possibilidade de se abrirem novos caminhos a serem pesquisados sobre o como e o porquê estamos por aqui.
Encerro imprimindo dois posicionamentos de respeitáveis pesquisadores sobre o assunto, declarações essas que abrem o trabalho de Orlando de Souza Barbosa Júnior, que tentamos sintetizar.
"Hoje, entretanto, é de se supor que o homem apareceu pouco tempo atrás, pois foi subitâneo o seu aparecimento. Tudo nos leva a crer, que sem prejuízo das forças participantes da formação do cérebro humano, a luta pela sobrevivência travada tenaz e prolongadamente, entre os diversos grupos humanos não pôde, por si só, ter produzido as altas qualidades mentais, atualmente encontradas em todos os povos da Terra. Outro detalhe, outro fator educativo, deve ter escapado à atenção dos teóricos da evolução."
- Loren Eisley
"Quem jamais observou carbonato de amônia, fosfato de cálcio ou cianeto, de início, deve considerar impossível que em qualquer época, sob influência de calor, eletricidade, ou de outra força natural, essa matéria pudesse formar um germe orgânico apto para a reprodução e evolução posterior."
- Justus Von Liebig.
Se pararmos um pouco para pensar, concluiremos que estão cobertos de razão.

Nenhum comentário: