E lá se vai outro dia, com poucas modificações nos acontecimentos do ontem. A tarde começa a ensaiar a viagem do sol, pintando perto do horizonte as nuvens cinzas com um vermelho vivo.
Ignoro o vento frio vindo do mar e continuo minha caminhada em direção à coisa nenhuma, que deve ficar ali por volta do princípio do Leme. Esse negócio de andar como exercício, se não fizer bem ao corpo o faz para a mente. Esqueço os problemas e se me perguntarem o que penso enquanto ando, certamente não saberei responder.
Vai daí que entre um atlético corredor e uma velhinha dentro da malha vermelha contrastando com seus cabelos – e tênis – brancos, vou chegando ao final da caminhada. Cansado? Nem tanto. Um pouco frustrado, talvez, pela juventude que se foi, mas é lembrada a todo instante pelos que passam – ou ficam – pelo caminho.
Atravesso a rua e volto para casa, onde a vida retornará ao seu rumo, até que nova caminhada se inicie.
domingo, 31 de agosto de 2008
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