Idéias que vem e vão, mas não esperam o rápido movimento de alcançar o lápis e o papel. Já ouvi muitos escritores e jornalistas importantes falarem a respeito desse momento. Alguns, inclusive, escrevem sobre assuntos aleatórios, naquela hora em que a mente tornou-se uma folha em branco.
O interessante é que as histórias vão surgindo, vagarosamente, fluindo de um canto qualquer e brotando na ponta dos dedos. Magia, mistério? Creio que não. A partir do instante em que resolve desenvolver qualquer idéia, muitas vezes que ele próprio não sabe qual é, o autor exercita seu íntimo, onde os casos são arquivados numa mistura anárquica e vai organizando, disciplinando, todo aquele material e fazendo com que sejam trazidas ao papel, para assombro dos não acostumados a brincar com textos, velhas histórias – verdadeiras ou não – criadas, contadas, como se sua capacidade inventiva as estivesse curtindo há mil anos.
Costumo explicar aos curiosos, que a arte de escrever baseia-se na leitura e no exercício da escrita. No princípio, achará que é tudo um monte de tolices, mas com o tempo a tal ordenação se fará presente e não o deixará jamais.
As idéias justificam-se nas observações feitas vida afora e que podem aproveitar do vôo de um beija-flor até figuras que passam por nós, nas ruas. O treino as fará despreocupadamente eternas, embora você nem desconfie disso.
E aí, então, poderá surgir um novo cronista.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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